Da Avenida Angélica, no bairro de Higienópolis, para a Rua Lopes de
Oliveira, na Barra Funda, ambos na capital.
Essa foi a mudança de ponto feita por Celina Rocha, dona de uma lavanderia,
que por conta da nova localização de sua empresa, tem enfrentado grandes dificuldades financeiras. “Minha sócia e eu pagamos
um preço alto por não termos realizado nenhum tipo de pesquisa sobre o local.
Agimos por impulso”, diz.
Assim como Celina, muitos empresários enfrentam situações como essa. É o que
afirma o especialista em pontos comerciais, Josafá Constantino, que tem como
função encontrar o melhor lugar para se montar uma empresa. Ele garante: a escolha do ponto é a parte mais importante na hora de abrir um negócio. “Você pode ter bom preço e excelente produto, mas se não está em um lugar que favoreça a exposição pode fracassar”.
Constantino explica ainda que algumas questões simples devem ser levadas em
conta na hora de optar por um ponto, a fim de se evitarem certas armadilhas. “Nem sempre uma rua que vive cheia de gente significa boas vendas”, comenta. “Em um lugar de muita circulação, como entre duas saída de metrô, por exemplo, as pessoas estão muito mais preocupadas com a rapidez em alcançar o transporte do que em fazer compras”, completa.
O especialista afirma que um ponto comercial pode valer de R$ 50 mil a R$ 1,5
milhão. A dica é para que o empresário opte por um lugar próximo de marcas conhecidas.
“Elas não costumam errar”, diz. Em uma rua no centro de São Paulo, por
exemplo, um ponto custa cerca de R$ 150 mil. “Lá, encontramos faculdades, a Bolsa de Valores, entre outras empresas famosasque valorizam o lugar”, destaca.
É preciso também ficar atento a outros gastos. “Algumas pessoas optam por corretores de imóveis no momento de definir o local para montar sua empresa. Muitas vezes acertam em cheio, mas esquecem que além do valor do ponto, ainda arcarão com o pagamento do aluguel”, lembra o especialista.
Outra dica para aqueles que desejam pesquisar sobre o ponto-de-venda é buscar auxílio de alguém que conheça e frequente as redondezas do lugar onde o negócio será montado. “As pessoas da região conhecem mais e têm condições de fazer uma melhor avaliação, já que compartilham daquele cotidiano”, finaliza.
Fonte: Jornal de Négocios Sebrae-SP Maio 09 Página 10
One Comment on “A escolha certa do ponto”